sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O dia em que parei de mandar minha filha andar logo

O dia em que parei de mandar minha filha andar logo
 

O texto abaixo foi publicado originalmente em inglês no blog “Hands free mama” e é de autoria de Rachel Macy Stafford, uma professora de educação especial. A tradução para o português foi feita pela equipe doPortal AprendizClique aqui para ler o texto original no inglês.

Adorei o texto... me fez repensar MUITO... e resolvi deixar aqui registrado.

"Quando se está vivendo uma vida distraída, dispersa, cada minuto precisa ser contabilizado. Você sente que precisa estar cumprindo alguma tarefa da lista, olhando para uma tela, ou correndo para o próximo compromisso. E não importa de quantas maneiras você divide o seu tempo e atenção, não importa quantas obrigações você cumpra em modo multi-tarefa, nunca há tempo suficiente em um dia.
Essa foi minha vida por dois anos frenéticos. Meus pensamentos e ações foram controlados por notificações eletrônicas, toques de celular e uma agenda lotada. Cada fibra do meu sargento interior queria cumprir com o tempo de cada atividade marcada na minha agenda super-lotada, mas eu nunca conseguia estar à altura.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.”
Veja bem, seis anos atrás, eu fui abençoada com uma criança tranquila, sem preocupações, do tipo que para para cheirar flores.
Quando eu precisava sair de casa, ela estava levando seu doce tempo pegando uma bolsa e uma coroa brilhante.
Quando eu precisava estar em algum lugar há cinco minutos, ela insistia em colocar o cinto de segurança em seu bichinho de pelúcia.
Quando eu precisava pegar um almoço rápido num fast-food, ela parava para conversar com uma senhora que parecia com sua avó.
Quando eu tinha 30 minutos para caminhar, ela queria que eu parasse o carrinho e acariciasse todos os cachorros em nosso percurso.
Quando eu tinha uma agenda cheia que começava às 6h da manhã, ela me pedia para quebrar os ovos e mexê-los gentilmente.
Minha criança sem preocupações foi um presente para minha personalidade  apressada e tarefeira – mas eu não pude perceber isso. Ó não, quando se vive uma vida dispersa, você tem uma visão em forma de túnel – sempre olhando para o próximo compromisso na agenda. E qualquer coisa que não possa ser ticada na lista é uma perda de tempo.
Sempre que minha criança fazia com que desviasse da minha agenda principal, eu pensava comigo mesmo: “Nós não temos tempo pra isso.” Consequentemente, as duas palavras que eu mais falava para minha pequena amante da vida eram: “anda logo”.
Eu começava minhas frases com isso:
Anda logo, nós vamos nos atrasar.
Eu terminava frases com isso:
Nós vamos perder tudo se você não andar logo.
Eu terminava meu dia com isso.
Anda logo e e escove seus dentes. Anda logo e vai pra cama.
Ainda que as palavras “anda logo” fizessem pouco ou nada para aumentar a velocidade de minha filha, eu as dizia de qualquer maneira. Talvez até mais do que dizia “eu te amo”.
Anda logo!
A verdade machuca, mas a verdade cura… e me aproxima da mãe que quero ser.
Até que em um dia fatídico, as coisas mudaram. Eu havia acabada de pegar minha filha mais velha de sua escola e estávamos saindo do carro. Não indo rápido o suficiente para o seu gosto, minha filha mais velha disse para sua irmã pequena, “você é lenta”. E quando, após isso, ela cruzou seus braços e soltou um suspiro exasperado, eu me vi – e foi uma visão de embrulhar as tripas.
Eu fazia o bullying que empurrava e pressionava e apressava uma pequena criança que simplesmente queria aproveitar a vida.
Meus olhos foram abertos; eu vi com clareza o dano que minha existência apressada estava causando às minhas duas filhas.
Com a voz trêmula, olhei para os olhos da minha filha mais nova e disse: “Me desculpe por ficar fazendo você se apressar, andar logo. Eu amo que você, tome seu tempo e eu quero ser mais como você”.
Ambas me olharam surpresas com a minha dolorosa confissão, mas a face da mais nova sustentava o inequívoco brilho da aceitação e do reconhecimento.
“Eu prometo ser mais paciente daqui em diante”, disse enquanto abraçava minha filha de cabelos encaracolados. Ela estava radiante diante da promessa recém-descoberta de sua mãe.
Foi bem fácil banir o “anda logo” do meu vocabulário. O que não foi tão fácil foi adquirir a paciência para esperar pela minha vagarosa criança. Para nos ajudar a lidar com isso, eu comecei a lhe dar um pouco mais de tempo para se preparar se nós tivéssemos que ir a algum lugar. Algumas vezes, ainda assim, ainda nos atrasávamos. Foram tempos em que eu tive que reafirmar que eu estaria atrasada, nem que se fosse por alguns anos, se tanto, enquanto ela ainda é jovem.
Quando minha filha e eu saíamos para caminhar ou íamos até a loja, eu deixava que ela definisse o ritmo. Toda vez que ela parava para admirar algo, eu afastava os pensamentos de coisas do trabalho e simplesmente a observava as expressões de sua face que nunca havia visto antes. Estudava com o olhar as sardas em sua mão e o jeito que seus olhos se ondulavam e enrugavam quando ela sorria. Eu percebi que as pessoas respondiam quando ela parava para conversar. Eu reparei como ela encontrava insetos interessantes e flores bonitas. Ela é uma observadora, e eu rapidamente aprendi que os observadores do mundo são presentes raros e belos. Foi quando, finalmente, me dei conta de que ela era um presente para minha alma frenética.
Minha promessa de ir mais devagar foi feita há quase três anos e ao mesmo tempo eu comecei minha jornada de abrir mão das distrações diárias e agarrar o que importa na vida. E viver num ritmo mais devagar demanda um esforço concentrado. Minha filha mais nova é meu lembrete vivo do porquê eu preciso continuar tentando. E de fato, outro dia, ela me lembrou de novo.
Nós duas estávamos fazendo um passeio de bicicleta, indo para uma barraquinha de sorvetes enquanto ela estava de férias. Após comprar uma gostosura gelada para minha filha, ela sentou em uma mesa de piquenique e observou deliciada a torre gélida que tinha em suas mãos.
De repente, um olhar de preocupação atravessou seu rosto. “Devo me apressar, mamãe?”
Eu poderia ter chorado. Talvez as cicatrizes de uma vida apressada nunca despareçam completamente, pensei, tristemente.
Enquanto minha filha olhava para mim esperando para saber se ela poderia fazer as coisas em seu ritmo, eu sabia que eu tinha uma escolha. Poderia continuar sentada ali melancolicamente lembrando o número de vezes que eu apressei minha filha através da vida… ou eu poderia celebrar o fato de que hoje estou tentando fazer as coisas de outra forma.
Eu escolhi viver o hoje.
“Você não precisa se apressar. Tome seu tempo”, eu disse gentilmente. Toda sua cara instantaneamente abrilhantou-se e seus ombros relaxaram.
E então ficamos sentadas, lado a lado, falando sobre coisas que crianças de 6 anos que tocam ukelele gostam de falar. Houve momentos em que ficamos em silêncio, sorrindo uma para a outra e admirando os sons e imagens ao nosso redor.
Eu imaginei que ela fosse comer todo o sorvete – mas quando ela chegou na última mordida, ela levantou uma colheirada repleta de cristais de gelo e suco para mim. “Eu guardei a última mordida pra você, mamãe”, disse orgulhosa.
Enquanto aquela delícia gelada matava minha sede, eu percebi que consegui um negócio da China. Eu dei tempo para minha filha e em troca ela me deu sua última mordida de sorvete e me lembrou que as coisas tem um gosto mais doce e o amor vem mais dócil quando você para de correr apressada pela vida.
Seja comendo sorvete, pegando flores, apertando o cinto de bichinhos de pelúcia, quebrando ovos, encontrando conchinhas, observando joaninhas ou andando na calçada.
Nunca mais direi: “Não temos tempo pra isso”, pois é basicamente dizer que não se tem tempo para viver.
Tomar seu tempo, pausar para deleitar-se com as alegrias simples da vida é o único jeito de viver de verdade – acredite em mim, eu aprendi da especialista mundial na arte de viver feliz."




Hoje mesmo resolvi por em pratica o que o texto prega, mas tenho pouco tempo com as meninas... no findi que esta chegando quero exercer  :)

Minhas filhas merecem... Fernando e eu tb!!!! :)



Bjos e ótimo final de semana

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Nova parceria

Uma parceria está surgindo.. .e espero que tenhamos mto mto sucesso...

Venha nos conhecer!!!


http://bymanupersonalizados.blogspot.com.br/

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Porque tenho duas pequeninas em casa...

Reportagem da crescer de hoje 05/06... que achei muito interessante... me fez repensar... que Amanda ainda é pequena... apesar de tratarmos ela como uma mocinha muitas vezes...


Castigo pra educar

Nada de colocar a criança no cantinho pra pensar. Ela não vai nem entender o que isso quer dizer, e o castigo não vai adiantar pra nada

 

 

Ninguém discute que castigo é necessário, porque faz parte do processo de educar, mostrar o que é certo e errado, dar limites, orientar. Mas é preciso bom senso na hora de aplicar o castigo adequado a cada situação, porque ele só funciona se tiver uma conotação educativa e não punitiva simplesmente. Ou seja, ele deve estar diretamente ligado ao erro cometido. Sujou a parede? Limpa. Não adianta colocar a criança no tal cantinho do castigo pra pensar no que fez. Ela não vai pensar, porque nem compreende o sentido disso até os 6 anos. Portanto, isolá-la só serve mesmo para dar uns minutos de descanso para a mãe, segundo nossa colunista Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, na entrevista abaixo:

Você concorda com o cantinho do castigo, com o argumento de “vai pensar”?

É onde eu to batendo a minha tecla ultimamente. Eu não gosto de Supernanny, eu prefiro “seu cão seu dono”, porque isso que ela faz é adestramento. Quem faz isso com uma criança pequena não sabe o que está fazendo, não conhece o desenvolvimento cognitivo, psíquico e intelectual da criança. A criança só consegue pensar sobre o que fez e só compreende o sentido moral das regras e dos valores a partir de 6, 7 anos. Então, botar uma criança pequena pra pensar no que ela fez só serve pra dar uns segundos de descanso pra mãe. Não tem função educativa, pode ser adestramento e mesmo assim não funciona. A criança pequena entende o não e o sim, porque o não deixa a mamãe triste e o sim deixa a mamãe feliz.

Ela percebe a reação da mãe...

Exatamente. Ela sabe que deixa a mãe triste se faz alguma coisa que ela não gosta. E não tem coisa mais importante pra criança do que agradar aos pais. A melhor forma é falar pra criança “isso que você fez, cita o ato, é feio e a mamãe não gosta”. Nunca colocar em dúvida o amor que sente pela criança. Nunca falar “A mamãe não gosta de você porque você fez isso”. Mas “a mamãe fica triste e brava com você quando você faz isso”. Tem que apontar que é o comportamento que a mãe não gosta e não dela. Nunca podemos deixar a criança com essa dúvida. Tem criança que sempre repete “mão, você gosta de mim, você me ama”? Ela precisa reforçar esse amor.

Os castigos funcionam?

Sim. ­­­­­­­­ O castigo tem que ter correspondência direta com o erro da criança. Por exemplo, ela rabiscou a parede, ela sabe que não pode fazer aquilo. Em vez de colocar no cantinho pra pensar “olha o que você fez”, o castigo é fazer a criança limpar, do jeito dela, claro. Ela não vai saber limpar do jeito que ela souber. Agora, a criança deu um tapa na mãe, segura as mãozinhas, olha bem nos olhos dela e diz “eu não quero que você faça isso, a mamãe não faz isso com você”. Porque se a mamãe faz, a mamãe não tem moral pra falar nada. “Eu estou brava”. E fica sério. Aquilo vai entrar na cabecinha dela.

A partir de que idade?

O castigo educativo pode acontecer desde 3 anos, quando a criança já fica mais solta e tem percepção do que agrada e não agrada os pais. Antes disso, o “não” é muito importante, é o primeiro organizador psíquico, mas eu prefiro educar pelo “sim”, porque a criança pequena, até 4, 5 anos, é oposicionista, ela é do contra, ela acha que é o centro do universo, que as pessoas existem para servi-la. “Pega isso”, “Faz isso”, “Quero comer”, “Me dá isso”, “Quero comer”... e elas têm uma característica egocêntrica, elas são mesmo, o que é diferente de egoístas.

Qual é a diferença?

O grande erro dos pais quando a criança não quer dividir um brinquedo é chamá-la de egoísta, rotulá-la, e um rótulo é pra sempre. Ela não é egoísta, ela é egocêntrica, o mundo é dela.

E como repreender?

Como ela tem essa característica oposicionista, eu prefiro mudar o foco. Porque se ela está com um copo na mão e você grita “larga esse copo”, o que ela faz? Sai correndo, vai transformar isso numa brincadeira. Eu acho que as mães precisam ser mais ativas, agir mais e falar menos em algumas ocasiões. Há momentos em que o “não” bem sonoro é preciso – a criança larga a mão da mãe na rua, é preciso um não. Mas as mães dizem muitos nãos e ela perde a autoridade. O não precisa ser deixado pra situações importantes, porque vamos ter que dizer muitos nessa etapa em que ela está descobrindo o mundo, quer mexer em tudo, porque ela quer conhecer as coisas. Não adianta falar não mexa na minha porcelana, porque isso pra ela é brinquedo. Ela não tem noção do valor. Ela quer por na boca, porque assim ela apreender. Por isso é importante não deixar coisas perigosas ou de muito valor ao alcance delas. Isso chama-se bom senso. Pega uma coisa que não devia, mostra e tira das mãozinhas. Diz que vai guardar.

Mas a gente tem que adaptar a casa à criança?

Tem, sim, nessa fase de descobertas, para não ter que falar o tempo todo não e não e não. E não acontecer o que vejo sempre no consultório, que são mães de crianças de 3 anos, onde o vínculo já está tão desgastado, porque a mãe diz não e a criança diz sim, que tem mãe que não suporta olhar a criança aos 3 anos, e vice-versa. É a fase em que a criança começa mesmo a ficar mais sapeca, mas é tanto não, tanto estresse. Em vez de ficar gritando, sai daí, muda o foco: vamos espalhar pasta de dente no banheiro? A criança pegou uma faca, não adianta ficar gritando. Tira a faca da mão, explica isso faz dodói. Faz ela sentir, faz aiai, mostra. Agora você vai ficar de castigo porque pegou a faca... Não!!! Precisa ter criatividade e entrar com o lúdico.

Você acha que o cantinho do castigo tem alguma vantagem em algum momento?

É bobagem, é perda de tempo, não é educativo, não vejo valor algum, a não ser pra mãe descansar alguns minutos dessa criança ou descarregar a raiva dela.

E associar o castigo ao pensar?

O pensamento é uma coisa tão boa, é um crescimento, uma elaboração, é sinal de inteligência, de crítica. O pensar acaba virando um castigo. A criança começa a pensar e não a refletir sobre os atos dela, mas a reflexão é a partir dos 6 anos, a refletir sobre o que é certo, a moral. Antes dessa idade, a mãe coloca a criança no colo e diz, por exemplo, você está bravo com a mamãe porque ela não deixou você fazer o que queria. Esse é o papel da mãe. Explicar para a criança por que ela está daquele jeito e como se chama aquilo que ela está sentindo. Você está com raiva, você está triste porque o seu brinquedo quebrou, você está irritado porque você está cansado e quer dormir. Isso é pra se fazer desde pequenininho. A criança aprender a nomear os seus sentimentos e as suas emoções. Isso é maravilhoso, e a principal função da mãe até os 5 anos. È o que chamamos em psicodrama em fazer o duplo. É muito mais importante do que fazer a criança pensar sobre um erro. Você está junto com ela criando associações. A mãe deveria se preocupar mais com isso.

A criança xingou a mãe e vai pro castigo. Não, você xingou a mamãe porque você está bravo porque a mamãe não deixou você fazer isso. Toda vez que você fica bravo você bate no seu irmão, não é assim que se faz. Toda vez que você quer alguma coisa no mercado você se joga no chão pra chamar a atenção das pessoas, porque você sabe que a mamãe acaba comprando o que você quer. Fez birra, ignora, espera passar a crise, (também não adianta interferir na crise, porque você vai levar pontapé, supapo, e a criança vai exagerar ainda mais), você quer uma coisa, a mamãe diz não, faz a leitura.

Mas não adianta dar castigo? Tirar o videogame?

Mas qual é a relação da birra com o videogame? Nenhuma. Então, fez birra, então o castigo é: você não vai mais com a mamãe nesse lugar. Quando a gente fala de atitudes com a criança, é preciso levar em conta a idade. Uma criança pequena você não pode botar pra pensar, mas uma maior você pode. Aí sim você fala pensa no que você fez, mas aí é um pensamento crítico (a partir dos 7 anos).

E como agir com uma criança já maior, com 11, 12 anos, que vai mal na escola, não estuda?

Você vai combinar com ele um horário pra ele estudar todos os dias, mas não adianta você definir o horário. A mãe vai perguntar que horas é bom pra ele. Tal hora. Se estiver bom pra mãe também, ok. Porque esses contratos funcionam desde que o outro participe. Geralmente a mãe diz que fez um combinado, mas só ela fez. E a regra não funciona quando o outro não participa. Mas se a regra é discutida e o outro não faz, você tem força pra falar que ele quebrou um combinado. E combinados não se quebram, porque você perde a confiança.

O que você acha de tirar o computador ou o videogame em outras situações?

Na hora da raiva, deixa o cara um mês sem o computador ou o futebol, justamente as atividades que relaxam a criança, que dão prazer. E o filho fica ainda mais nervoso, mais irritado. Não acho que deve tirar o prazer da criança. Eu tenho um cliente muito ansioso que descarrega a tensão e, quando vai mal na escola, o que a mãe tira? O futebol. E eu acho que só o prejudica mais, o agride, ele fica mais tenso e menos em condições de ir bem na escola.

O que fazer?

Vou contar uma história. Uma vez, eu ia dar uma palestra e me ligou uma mãe dizendo que ia bater no filho, que estava mal na escola. Aproveitei e abordei o assunto na palestra, contei a história e perguntei pra plateia o que aquele menino estava precisando. Uma menina sentada na primeira fila respondeu: Ele precisa de ajuda. Ninguém vai mal na escola porque quer. Se isso está acontecendo é sintoma de que algo não está bem. Não é castigo, às vezes ele precisa simplesmente mudar de escola. Ele precisa de ajuda. E digo o que não fazer: jamais chamá-lo de vagabundo, preguiçoso, burro... são rótulos que ficam. O jovem e a criança não sabem quem são, é o adulto que diz pra ele quem ele é. Se ele vai escutando isso é isso que ele vai ser, o papel que ele está recebendo desse adulto. Por isso, toda família tem a ovelha-negra, a santinha. De repente, isso é uma condenação. É uma profecia.

terça-feira, 14 de maio de 2013


Muito tempo desde o ultimo post.

 
Meninas totalmente adaptadas… Mamãe voltou ao trabalho… novas rotinas… e agora papai voltou para casa ( não, não tínhamos nos separado kkkk)… então agora estou me adaptando novamente.

Eu não gosto do mês de maio… meu avô faleceu em 1º de maio há alguns anos… em 31 de maio tb há alguns anos me aconteceu algo mto ruim tb… enfim… é o mês do ano que menos gosto… mas para salvar o mês… tem o Dia das Mães.

E agora tenho duas menininhas que se apresentam… Lindas…


Na sexta foi apresentação da Amanda… apresentou balé, inglês e com os coleguinhas…

 Apresentação Ingles
Balé 
 
 
 
Com sua turminha
Escolheu a palavra MARAVILHOSA
para descrever a mamãe....
#morrideorgulho
 
 

Na segunda foi a vez da Alice…





 


 
 

Musiquinha que cantaram a turminha da Alice… kkkk

"Nesse dia especial eu quero agradecer a minha mãe A musiquinha que eu fiz dedico hoje a você mamãe Antes de dormir ela me dá um peitinho Acordo de manhã e meu café esta prontinho Bonitinha a minha mãe, que é a namorada do meu pai Ela compra meu brinquedos e parcela 12 vezes no cartão Nesse dia especial eu quero agradecer a minha mãe A musiquinha que eu fiz dedico hoje a você mamãe Antes de dormir ela me dá um beijinho Acordo de manhã e meu café esta prontinho Bonitinha a minha mãe que é a namorada do meu pai Ela compra meus brinquedos e parcela 12 vezes no cartão"
 
AMEI.... fez o mês valer a pena.

terça-feira, 19 de março de 2013

Já?

E então Alice ganhou vaga na creche... mesma creche que Amanda vai... e eu fiquei feliz...pois acreditava que a adaptação seria mais fácil com a companhia da outra.

Começamos numa quinta feira :) em fevereiro.

No primeiro dia... Conversei com a Alice... Expliquei que ela enfim iria para escola que a mana estudava ( Alice chorava quase todo dia pois queria ir com a Amanda.) Ficaria 1 hora.

E ela ficou... Feliz

Quando voltei... ela sorriu, deu tchau para a profe e fomos para casa.

Segundo dia - Sexta feira: ficaria duas horas.
Tudo se repetiu... Feliz por ir para escola

Na segunda feira - terceiro dia... ficou a tarde inteira

Na terça feira foi de manha... ficou feliz

Na quarta feira foi o dia inteiro.

Nunca chorou... sempre vai feliz e volta (muito) feliz...

Chora apenas na hora de dormir pois dorme no peito da mamãe aqui e as vezes chora tb pois odeia dormir.

E kd meu bb??? Está na escola... feliz... adaptada...
 Primeiro dia... se arrumando em casa

Entrou feliz e sozinha na escola
Com a professora Patrícia
Brincando..

Outro dia... "oi?"

 Almoçando... 
 Dormindo

Vai toda feliz para escola...




 Pode deixar que eu cuido dela mamãe

Com os amigos da Mana Amanda...

 Já com seus coleguinhas na sala



Só eu acho que elas crescem rápido demais????


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Quarto das meninas

Paraque entendam melhor o que está acontecendo por aqui, texto retirado do blog http://larmontessori.com/category/quarto/



O primeiro passo para a montagem de um quarto infantil é adotar o ponto de vista da criança. Aquilo que ela puder acessar deve ficar ao nível de suas mãos. Os brinquedos dela são dela, e podem ser deixados em prateleiras baixas o suficiente para que os alcance. O mesmo se pode dizer de suas roupas. Se queremos que a criança se vista sozinha um dia, e saiba escolher o que vestir, devemos deixar pelo menos algumas de suas peças disponíveis para o acesso.
O ponto de vista da criança não é só a altura de seus olhos ou o alcance de seus braços, mas o comprimento de suas pernas. Um quarto muito grande no qual haja brinquedos e materiais por todas as paredes é pouco prático, caro, dá trabalho para limpar e organizar e a criança não consegue de nenhuma forma controle total sobre seu ambiente.
Então, aqui, vamos abordar três grandes tópicos:
1. A Cama
2. A Mobília
3. Os Estímulos
A cama da criança pode ser mesmo uma cama. Não precisa ser um berço, e eu vou dizer isso de novo: não precisa ser um berço. Quando comecei a estudar Montessori em casa, me parecia radical demais tirar o berço. Mas só é assim porque culturalmente somos criados para pensar que ele é necessário. Em dezenas de outras culturas (que não a branca ocidental), as crianças dormem no chão, em colchões ou almofadas dos mais variados tipos, a depender do povo. O que nós defendemos, com uma abundância de evidências positivas bastante animadora, é que a criança pode, sem risco de saúde ou segurança, dormir em um colchão, que pode ser colocado direito sobre o chão ou sobre um estrado baixo, para isolá-la da temperatura do piso.
Quando o bebê é pequeno, muitos pais gostam de proteger este colchão com almofadas, em volta, para que a criança não corra o risco de cair durante a noite. É uma boa ideia. Mas nenhuma cerca é necessária. A criança não precisa ficar presa se o quarto for adequado a ela, basta que fique segura. Algumas almofadas ou travesseiros em volta da cama durante a noite dão conta do recado – Durante o dia, deixe sem proteção, para que seja fácil para seu filho subir e descer da cama quando desejar.
Ao lado do colchão, você pode deixar um tapete longo, para que a criança não pise direto no chão gelado quando acordar. Isso não é uma recomendação estritamente montessoriana, mas a tensão imediata dos pés de manhã cedo pode ser bem desconfortável e tensionar o corpo todo em seguida. Se o quarto for pequeno, ou se o piso for de madeira, isso é menos necessário.
Alguns pais gostam de dormir com seus filhos nos primeiros meses. Embora haja algumas defesas bastante interessantes deste processo, do ponto de vista montessoriano e do ponto de vista da segurança existem alguns pontos a considerar: dormir com os pais gera segurança psicológica para a criança, é claro. Mas esta segurança pode sumir assim que ela tiver de dormir em outro móvel ou outro ambiente. Uma das consequências deste tipo de ação é que a criança gera uma dependência bastante alta para dormir e só consegue pegar no sono se for ninada, ou se for acompanhada pelos pais até a própria cama. Um dos muitos objetivos de uma cama baixa é que a criança possa se deitar quando sentir sono, sem depender em nada dos pais para isso. A prática de dividir a cama pode atrapalhar neste processo.
Do ponto de vista da segurança, por sua vez, existe o risco de sufocamento da criança, além da inibição da movimentação noturna do bebê. Sabemos que pode ser muito agradável dividir a cama, para você e para seu filho, mas o movimento noturno é necessário, faz parte das liberdades da criança, e deve ser completamente possível. Quanto ao sufocamento, embora pessoalmente eu ache difícil que um pai ou uma mãe sufoquem o filho sem perceber, a página americana do Instituto Nacional da Saúde da Criança e do Desenvolvimento Humano indica que há vários estudos apontando para a maior incidência de morte de crianças em camas compartilhadas por diversas causas. Entre elas estão uma coberta que sem querer cubra o bebê, e pais muito cansados (provavelmente porque podem não perceber seus próprios movimentos e os da criança). Fora isso, a cama dos pais é alta, e tira a liberdade de a criança sair dela quando quiser, caso acorde mais cedo, por exemplo, sem depender dos pais para nada. Por sua vez, a página da Nestlé para mães (que não é fenomenal, mas tem pontos interessantes) explica que pediatras indicam o compartilhamento do quarto durante os primeiros meses, mas não o da cama. Além disso, notícias tristes como as do Mail Online e especialmente do The Guardian nos alertam para os riscos do compartilhamento da cama.
Gosto de reforçar com frequência que o Lar Montessori não se propõe a ser sua única fonte de informações para a criação de seus filhos – ao mesmo tempo temos a reconfortante certeza de que não o somos. As famílias que nos visitam também costumam visitar muitas outras páginas, e isso propicia uma incrível troca de informações. Nos diga o que você pensa sobre a cama, porque isso realmente nos interessa!
Uma ressalva que merece ser feita: para a criança recém nascida, dormir no chão pode envolver alguns problemas. Em livros sobre Montessori produzidos no hemisfério norte e em locais menos tropicais, insetos não são considerados. Mas aqui podemos pensar neles e considerar que para os primeiros meses pode ser uma boa ideia um berço. Ele, no entanto, tem de ir embora rápido, por todos os motivos que a gente já conhece. Você pode fazer do berço uma escrivaninha, quando a criança crescer um pouco!
A mobília do quarto infantil é simples. Não é necessário haver nada muito sofisticado, mesmo! As crianças gostam de ser, muito mais que de ter. Se pudermos proporcionar a elas a possibilidade de se tornarem seres humanos plenamente desenvolvidos, isso já as satisfaz. Assim, poucas coisas são realmente necessárias no quarto infantil: um espelho horizontal baixinho; estantes baixinhas; uma barra na parede; espaço livre e uma janela (não precisa ser da altura da criança, pode ficar tranquila!).
O espelho é interessante por diversos motivos. A criança pequena gosta muito do rosto humano. Por algum motivo biológico mesmo, é algo que lhe agrada. Assim, poder ver um rosto humano a qualquer momento sempre é bom. Fora isso, é importante para o bebê reconhecer seu próprio rosto, as possibilidades de movimento dele e as partes de seu corpo. Isso não se dá de forma consciente e nem é um processo imediato. Demora. Mas não temos pressa. O tempo da criança é interno a ela e nossa tarefa é só ajudar. Fora isso, enxergar-se pode ajudar a criança a se reconhecer como indivíduo, auxiliando no desenvolvimento da autonomia e da força de vontade. Por motivos de segurança, o espelho precisa ser muito bem preso e pode ser de acrílico.
As estantes baixas não precisam ser construídas à parte – embora possam, se você assim o desejar, e isso só será positivo. Você pode adaptar os armários que já existem, tirando suas portas, colocando puxadores mais para baixo ou simplesmente deixando as portas sempre abertas. Usar as gavetas de baixo, geralmente abandonadas, para colocar as roupas da criança também é uma boa ideia. Você não precisa nem deve colocar todos os brinquedos e todas as roupas à disposição do seu filho de uma só vez. No livro Montessori: The Science Behind the Genius, Lillard explica que até seis opções são uma boa ideia, porque aumenta a sensação de bem estar da criança. Mais que isso começa a ser demais e muito mais que isso fica realmente confuso. Você pode praticar uma rotação de objetos e deixar sempre presentes aqueles que a criança gosta mais e ir trocando aqueles que ela escolha com menos frequência.
A barra na parede tem uma utilidade só: ajudar a criança a andar, sem depender da ajuda direta dos pais. Pode-se pendurar objetos nesta barra, com espaços de intervalo, para que a criança tenha objetivos a atingir quando tentar caminhar. A utilização da barra precisa ser ensinada, claro, devagar, passo a passo, e quando você perceber que seu filho está tentando levantar e dar os primeiros passos. Se não houver espaço para uma barra, é possível usar um móvel bem fixo como ajuda para este desenvolvimento. Duas precauções devem ser tomadas neste caso: primeiro devemos nos assegurar de que o móvel é mesmo bem fixo, e depois ficar atentos para que a criança não utilize outros móveis pela casa e nas casas dos outros, para fazer a mesma coisa, o que pode ser bastante complicado às vezes.
O espaço livre aumenta se o quarto é feito seguindo algumas dessas dicas. Diminuem os móveis, e a dimensão dos que sobram é menor. Assim, a criança tem mais espaço para brincar, aprender, se mover e ser livre. A janela é importante para que haja luz natural no quarto, que faz sempre bem. Não tem problema se neste quarto não bate tanto sol, mas se houver luz natural, sabemos que é mais confortável para os olhos e boa para a pele.
Os estímulos de que a criança precisa são sensoriais. Os brinquedos e os materiais, assim como os livros, não precisam ser muitos e nem muito sofisticados. Madeira e metal são os melhores materiais para brinquedos, porque realmente estimulam os sentidos, muito mais que plásticos. 
Um dos materiais mais interessantes para a criança pequena é a Cesta dos Tesouros, que você pode ver clicando no link. Para bebês novinhos, móbiles são uma boa ideia também – feitos com formas geométricas e cores fortes (fortes, não brilhantes), porque os pequenos gostam muito de contrastes evidentes e tentar alcançar as peças do móbile é bom para o desenvolvimento motor. Como durante um tempo razoável os bebês não enxergam longe, os móbiles podem ficar próximos da criança, a até 40cm de altura a partir do colchão, por exemplo, ou menos. Há de se tomar cuidado, somente, para que não seja alcançado muito facilmente a ponto de a criança poder puxar o móbile para baixo, o que poderia machucá-la.
Os livros não precisam, necessariamente, ser materiais sensoriais. Eles podem ser só de leitura, e o exercício de abrir, ver figuras e virar páginas já será interessante para a criança. Especialmente se os pais lerem para a criança e para si mesmos (é muito, muito importante que os pais leiam como atividade de lazer, sozinhos, para estimular a leitura nas crianças). Ainda assim, há alguns livros muito interessantes que trazem texturas, tecidos e outros adendos interessantes. Isso é bom. Os livros que trazem sons, no entanto, em geral são bem ruins. O som é estridente e bem artificial.
Para o estímulo auditivo vale a pena ter instrumentos musicais e um rádio, no qual podem tocar, por períodos do dia, músicas de compositores clássicos, em geral adorados pelos pequenos. Os instrumentos podem ser uma flautinha doce simples e boa, um violão, ou mesmo um chocalho, nos primeiros tempos.

Então fiz minhas adaptações que ainda não estão prontas mas que as meninas estão adorando :)


Seguem algumas fotos do que já foi feito por aqui:
Visão do quarto

 Espaço para as Barbies da Amanda... 
 Mercadinho...

Brincar de casinha.

 Redes para as pelúcias, bonecas, afins
ao alcance delas
 Redes cama da Amanda
 Rede baixinha com as bonecas da Alice
Foto da mamãe e do papai pequeninos

Ainda estou organizando... falta mural de fotos e muitas coisinhas... mas aos poucos vai organizando... o legal é que elas já colocam as coisas em seus lugares... O ruim é que depois de organizado não poso ficar mudando tudo de lugar para não bagunçar a organização que eu mesma criei para elas.